terça-feira, 16 de julho de 2013

Olá Amigo(a) Pecuarista,
Leite Faz Boa Integração com Hortaliças

Agricultores de Minas entram na pecuária de leite com projeto para 45 mil litros/dia, de olho na produção de composto para economizar em adubos e melhorar o solo.

Luiz H. Pitombo

Os dejetos de bovinos em sistemas confinados costumam ser um estorvo e mesmo fonte de desperdício quando não se tem um destino adequado para tal matéria orgânica. Mas para a Sekita Agronegócios, localizada no município de Rio Paranaíba, a noroeste da capital mineira, essa foi uma solução para sua atividade agrícola diante dos altos custos dos fertilizantes e da necessidade de adquirir compostos a serem aplicados no solo para melhorar suas características.
A integração lavoura-pecuária também focou a rotação de culturas com a utilização de pastagens temporárias de onde se obtém silagem para o rebanho, o aproveitamento de parte dos grãos que produz e na utilização mais intensiva do maquinário existente.
Constituída por um condomínio de 50 agricultores, a empresa começou a ser formada na década de 1990 por algumas famílias de produtores oriundos da extinta CAC-Cooperativa Agrícola de Cotia, que foram atraídos para a região em busca de oportunidades e terras por meio do Plano de Assentamento Dirigido do Alto Paranaíba. Hoje, em 3 mil ha, cultivam grãos e principalmente cenoura e alho irrigados, obtendo da primeira hortaliça à produção anual de 43.500 t, uma quantidade que a torna a maior fornecedora do tubérculo no País.
A produção de leite em regime de free-stall teve início em 2009, atingindo já em abril deste ano a média de 12 mil litros/dia. Mas o projeto em implantação é para 45 mil litros de leite/dia, o que deve ser conquistado em 2015. O trabalho caminha tão bem que já se fala na construção de outros núcleos de produção de leite dentro da Sekita à medida que os conhecimentos e a prática avancem, para que o mesmo tipo de integração possa beneficiar outras áreas do condomínio.
Convém destacar que esta nova atividade do grupo de agricultores, que possui aspectos inovadores para o Brasil como o equipamento de tratamento inicial dos dejetos, tem atraído a atenção de alguns grandes pecuaristas do País inteiro, que já foram conhecer o projeto de perto.

Surpresas e avaliação superlativa - “A integração é espetacular, só tenho surpresas agradáveis”, comenta o engenheiro agrônomo Makoto Edison Sekita, diretor-executivo da empresa e gerente interino de pecuária. Ele conta que tudo começou em 2007, com a alta nos preços dos adubos e a necessidade de reduzir os custos de produção, como também melhorar a estrutura física e sanitária do solo. Chegou-se a pensar na pecuária de corte, mas esta foi descartada por não se poder recolher o esterco como acontece na produção de leite em free-stall, além de exigir uma área maior.
Por sugestão da GEA Farm Technologies do Brasil, Makoto viajou aos Estados Unidos para conhecer propriedades leiteiras que utilizavam o sistema, sendo que todo o projeto de produção adotado, incluindo free-stall, ordenha, armazenamento do leite e tratamento dos dejetos, foi realizado pela mesma empresa.
A produção do composto sólido começou no ano passado para estudos e testes, com Makoto aprovando a qualidade do mesmo. Cada tonelada contém 7% de fósforo, 1% de nitrogênio, 1% de potássio e micronutrientes, que equivalem ao custo oportunidade de R$ 160. Como cada vaca com a produção média atual de 25 kg de leite/dia pode render 6 t/ano de composto pronto e enriquecido, diz que significam R$ 960/vaca/ano, além de adequar a estrutura do solo com um produto de origem conhecida, bem elaborado, sem pragas ou ervas daminhas.
Makoto afirma que o investimento na estação de tratamento de dejetos e separação de sólidos vale a pena, estimando que se já contasse com as 1.500 vacas em lactação, que pretende ter, pela média atual de produção pagaria o investimento de perto de R$ 500 mil (equipamentos e alvenaria) em bem menos de um ano, unicamente com o composto sólido. Os benefícios aumentarão ainda mais quando a estação de produção de biogás estiver pronta, até o fim do ano. Assim, promoverá outra forma de uso e o dejeto líquido resultante passará ser utilizado também na lavoura, pois hoje é aplicado diretamente só em parte das pastagens.
Foi em janeiro deste ano que as primeiras áreas receberam o composto sólido, que no caso dos 100 ha de alho ficou reservado em 4 t/ha, e entre 2 a 7 t/ha, nos 30 ha de cenoura. As hortaliças ainda não haviam sido colhidas, porém Makoto afirma que a expectativa dos resultados é boa, em termos de aumento da produção.
Reforçando o conceito de integração e sustentabilidade, ele aponta que toda a alimentação do rebanho, a não ser o farelo de soja e minerais, é obtida nas terras do próprio condomínio. Estes, como salienta, retornam ao solo na forma de composto, que ajudarão a adubar a área de onde se obtém o volumoso e os grãos que irão aos cochos, fechando o ciclo.
O diretor, que é paranaense da região de Cornélio Procópio, se mostra admirado de como a pecuária de leite está bem servida de estudos, pesquisas e livros, ao contrário do que ocorre com as culturas da cenoura e do alho, para as quais afirma haver ainda pouca informação disponível.

Rotação de culturas e rebanho - Na Sekita, entre safras de verão e inverno, são cultivados um total de 750 ha de cenoura; 200 ha de alho e 1.000 ha de milho, dos quais, 150 ha irrigados ficam reservados para a produção de silagem rendendo 20 t/ha de matéria seca (MS) com corte a 20 cm do solo, 100 ha na obtenção de grãos para o rebanho com produção de 12 t/ha; e o restante, dirigido ao mercado. Outros 200 ha são de soja, e 200 ha, de trigo, ambos, para a produção de sementes.
Existem igualmente 150 ha de tifton, sendo 85 utilizados para recria das fêmeas leiteiras e manutenção de lote de 700 receptoras; 800 ha de Brachiaria ruziziensis em rotação, parte destinada à produção de silagem, o mesmo acontecendo com 200 ha de aveia. Os rendimentos de ambas têm ficado em 7 t/ha de MS por corte, e da área total da Sekita, 1.600 ha utilizam o sistema de irrigação por pivô central, e 120 ha, o de aspersão convencional.
A rotação com aveia e brachiaria já acontecia antes da pecuária e também estimulou a integração, pois é um processo necessário para o controle de nematóides, além do que, a brachiaria,comsuas raízes profundas, também melhora a estrutura do solo. O esquema adotado é a instalação desta gramínea em sequência à cenoura ou ao alho, aproveitando a adução residual e dando boa silagem com 16% a 20% de proteína bruta. A brachiaria permanece por dois anos no solo, sendo depois dessecada e incorporada ao solo, o que aumenta a matéria orgânica e reduz a adubação nitrogenada para as hortaliças.
Os 220 ha da gramínea destinados à produção de silagem são irrigados, o que aumenta sua produção e qualidade. Os resultados de sua inclusão na dieta dos animais têm agradado, por exemplo, pelas boas características de suas fibras. Atualmente, existem três silos do tipo trincheira e outros provisórios, de superfície, que serão substituídos por outros três definitivos do primeiro tipo, totalizando a capacidade de 18 mil t. Para o avanço do projeto, também serão construídos mais três galpões de free-stall.
O rebanho atual é constituído por 1.200 cabeças da raça Holandesa com a predominância do puro por cruza (PC), das quais 480 são vacas em lactação, mais da metade de primeira cria, rendendo a média geral de 25 litros de leite/dia. “É um rebanho em formação”, cita o médico veterinário, Leonardo Lopes Garcia, responsável pelas áreas de produção e sanidade. Ele comenta que foram buscar os animais de que precisavam no Paraná e no próprio Estado, mas que desde 2009 pararam as aquisições, mantendo unicamente a de embriões; boa parte, vindos do criatório Menge, de gado Holandês, de Pouso Alegre-MG. Está programada a realização de 400 prenhezes/ano com embriões próprios e de terceiros, para cumprir a meta de 1.500 vacas em lactação.
Garcia diz que o rebanho está sendo apurado e que pretende que todo ele fique puro de origem, com média de produção de 30 kg de leite/dia, o que também deve aumentar a produção de composto pela maior ingestão de alimentos. Quando o rebanho se estabilizar, o plano inclui a comercialização de animais. O veterinário faz questão de apontar que para o conforto animal foram implantados nos pastos de tifton não irrigados grupos de eucaliptos para sombreamento.
Dentro da integração lavoura-pecuária, vale ainda registrar o uso da palha de trigo para a cama das vacas no free-stall e a adição de descartes da cenoura na alimentação animal. A agrônoma, Ana Paula Coelho Sekita Garcia, filha de Makoto e responsável pela área de nutrição, comenta que já foi realizada uma tentativa de uso da hortaliça na dieta animal. No entanto, foi interrompida, pois dentro do fluxo de colheita e preços mais atrativos do produto, ela poderia não estar disponível todos os dias gerando alterações indesejáveis na alimentação das vacas.
Para resolver tal impasse, diz que está construindo uma câmara fria ao lado da fábrica de ração, onde o produto será estocado, o que garantirá um volume que possibilite regularidade de fornecimento. Existe expectativa de que o beta caroteno contido na hortaliça, que pode ser enquadrada como volumoso energético, tenha impacto positivo na reprodução do rebanho.
Quanto ao emprego do descarte de produtos agrícolas na formulação do composto, estes podem ser utilizados, embora a matéria orgânica resultante não tenha como destino as áreas de cultivo por receio de possíveis contaminações. Assim, o melhor mesmo é destiná-los às áreas de pastos.

Preparo do composto e leite resfriado - A estação de tratamento de dejetos e separação de sólidos não requer nenhuma adaptação especial na estrutura do free-stall para sua instalação, informa Marcelo Moraes, gerente regional da GEA. A tecnologia utilizada vem da empresa canadense Houle, que foi adquirida pela GEA, conhecida por Westfalia antes da diversificação de sua linha de atuação.
Na Sekita, os pisos do free-stall têm inclinação de 2%; os canais para dreno dos dejetos, de 0,5%, e para se obter água para a limpeza foi montado um sistema de captação de água da chuva dos telhados. Quando os animais são deslocados para a ordenha, os pisos são raspados por trator com lâmina, que direciona o material para os canais e bombas, que são acionados para transporte até um tanque externo de recepção. Quando seu nível atinge o limite máximo, o equipamento entra automaticamente em funcionamento, primeiro promovendo a homogeneização de seu conteúdo e depois levando-o até o separador de sólidos.
A parte líquida vai para uma lagoa, com seu conteúdo, hoje, só utilizado nos pastos, enquanto o sólido se acumula em área específica para depois ser recolhido. Este material é disposto na forma de leiras para ser “curtido”, recebendo rocha fosfática na proporção de 20% mais inoculantes, que ajudam em sua decomposição e solubilização do fosfato. Semanalmente, as leiras são reviradas, procurando-se manter durante todo o processo condições adequadas de temperatura e umidade. Entre 60 a 70 dias, o composto está pronto para uso.
Dentre outras novidades adotadas, também está um equipamento que resfria imediatamente o leite que sai da ordenha e que já chega aos tanques a uma temperatura de 2a 3ºC. Além da preservação da qualidade do produto, a vantagem está em que esse leite pode ir diretamente ao caminhão de coleta na hora em que chega, até mesmo com a ordenha ainda em andamento. Não estão nos planos da empresa o processamento e lançamento de marca própria de lácteos. Sua identidade original e principal meta de trabalho continuarão sendo a agricultura.
A forma de utilização da energia produzida a partir do biogás ainda está em estudo. Dentre as possibilidades, está a secagem de grãos ou a desidratação do leite para sua pré-condensação. Esta diminui o volume transportado e o ganho relativo por ser um produto com maior teor de sólidos.
Para o melhor gerenciamento da integração, a agrônoma Ana Paula explica que foram criadas como que três empresas virtuais dentro da Sekita: a agrícola, a pecuária e a de máquinas. A primeira adquire da segunda o composto sólido pronto e, futuramente, o dejeto líquido. Já a segunda empresa, que é a de pecuária, compra da primeira as silagens de milho, brachiaria e aveia, milho em grãos e, mais adiante, as cenouras. A de máquinas é uma prestadora de serviços.
O veterinário Leonardo Garcia, que é casado com Ana Paula, explica que os custos de produção do leite, incluindo depreciação e remuneração do capital investido, ainda não são cobertos pela receita, pois o projeto está em implantação e existe ociosidade da capacidade instalada. Mas dependendo do comportamento dos preços do leite a da evolução dos custos de produção, acredita que até o fim deste ano, com a produção crescendo para 15 a 18 mil litros/dia, o quadro deverá mudar. Tal projeção não considera os ganhos obtidos na agricultura.
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