sexta-feira, 31 de maio de 2013

Olá Amigo(a) Produtor(a),

Inovações tecnológicas em ambiência para a produção de ovinos

 
Autores:
Alice Deléo Rodrigues - Zootecnista (FZEA/USP), mestre em Zootecnia (FCAV/Unesp) e doutoranda em Zootecnia (FCAV/Unesp).

Iran José Oliveira da Silva - Engenheiro Agrícola (UFLA), mestre e doutor em Engenharia Agrícola (Unicamp) e Professor Livre-docente da ESALQ/USP, coordenador do NUPEA (Núcleo de Pesquisa em Ambiência da USP).


Introdução

O homem domesticou os animais para produzir alimentos em quantidade e regularidade necessárias à sua sobrevivência há milhares de ano. Com o passar do tempo, outro quesito foi acrescentado a esse modo operandis: a qualidade dos alimentos produzidos. Hoje, é imprescindível que o produtor agregue conceitos de bem-estar e de ambiência à sua criação. Os animais, retirados de seu ambiente natural, passam a depender exclusivamente do ambiente proporcionado pelo homem. A escolha da espécie que será criada e a adequação do meio onde será praticada a atividade são fundamentais para o sucesso do empreendimento zootécnico. Dentro desse contexto, a ambiência, que se caracteriza por ser o local no qual os animais podem viver com qualidade, tem extrema importância. O conceito de ambiência engloba considerações a respeito dos índices zootécnicos (ganho de peso médio diário, rendimento de carcaça, taxa de fertilidade, taxa de mortalidade, etc.), fisiológicos (temperatura de superfície, temperatura retal, nível de cortisol, etc.) e comportamentais dos animais (frequência das interações, da ruminação, etc.). Como esses índices são influenciados por diversos fatores, como umidade relativa do ar, taxa de ventilação e temperaturas máxima e mínima no interior da instalação, esses aspectos também compõe o entendimento de ambiência. Portanto, aspectos concretos e subjetivos definem ambiência, ou seja, não apenas o material de construção utilizado no galpão, mas, também o efeito que esse proporciona aos animais é considerado. Para cada espécie animal e, por vezes, até para cada raça e categoria animal, existem instruções que objetivam orientar quanto à adequação da criação de forma correta e considerando os conceitos de ambiência. Com o intuito de mostrar a importância da ambiência na produção de ovinos, foi realizada esta revisão, apresentando inovações que podem permitir melhorias aos produtores.

Ambiência x produtividade

O sucesso de um empreendimento zootécnico está intimamente relacionado à correta escolha dos animais adequados ao local da criação. Devem ser escolhidas, portanto, as raças mais adaptadas às condições climáticas região. Animais criados em temperatura acima daquela considerada crítica máxima para a espécie respondem fisiologicamente ao estresse pelo calor com aumento das temperaturas retal e de superfície, e das frequências respiratória e cardíaca. Como consequência, haverá, entre outros impactos produtivos, a diminuição da ingestão de alimentos e o menor ganho de peso. Ambiência: “espaço constituído por meios físico e psicológico, preparado para o exercício das atividades do animal que nele vive” (Paranhos da Costa, 2000). Para o nosso entendimento, ambiência será considerada o conjunto de variáveis físicas, químicas e biológicas que envolve o meio em que o indivíduo vive, podendo ser o ar , a água, ou o solo. No caso específico dos ovinos, consideraremos as condições do ar no seu entorno.

Zona de conforto térmico

Os ovinos brasileiros são descendentes de animais trazidos pelos colonizadores portugueses, espanhóis e franceses. Hoje, a esse material genético, somam-se também animais africanos. Desta forma, o grande rebanho brasileiro de mais de 20 milhões de cabeças (IBGE 2012) apresenta, características muito diferentes. Temos animais lanados e completamente deslanados (Figura 1).

Como por zona de conforto térmico (ZCT) entende-se faixa de temperatura na qual os animais conseguem expressar seu máximo potencial genético, é fundamental conhecer as características ambientais e a espécie que se deseja criar em determinado local. A ZCT é bastante variável, pois é influenciada por diversos fatores, como: raça, sexo, categoria animal, estado fisiológico, número de animais por metro quadrado e adaptabilidade. Fatores como: estrutura, cobertura e altura das instalações zootécnicas, bem como disponibilidade de água, alimentos, ventilação e sombra também contribuem positivamente ou negativamente para proporcionar conforto aos animais.

Figura 1 - Ovinos lanados x deslanados: exigências diferentes. (Fonte: Arquivo pessoal)
Para ovinos deslanados adultos a ZCT é ótima para temperaturas entre 20 e 30°C, com umidade relativa (UR) ente 50 e 80%, sendo considerada crítica quando a temperatura é superior a 34° C (Baêta & Souza, 1997). Outros autores, trabalhando com ovinos machos castrados da raça Santa Inês na região semiárida, citam temperatura máxima para conforto de 31,3 °C (Oliveira et al., 2005). Para a pesquisadora NÃÃS (1989), o ideal para esta espécie é umidade relativa média de 75% e temperatura entre 4 a 30°C. A umidade relativa sugerida por MCDOWEL (1972), que preconizou como condições ideais para criação de animais domésticos, varia entre 60 e 70%, considerando ventos com velocidade de 1,3 a 1,9 m/s (McDowel,1989).

Na tabela 1, são apresentadas as temperaturas máxima e mínima (Tmáx e Tmin), bem como a umidade relativa do ar máxima e mínima (URmáx e URmin), sugeridas por vários autores para diversas categorias de animais da espécie ovina.

Tabela 1 - Temperaturas máxima (Tmáx) e mínima (Tmin) e umidade relativa do ar máxima (URmáx) e mínima (URmin) sugeridas para diversas categorias da espécie ovina.



Mecanismos para promover o conforto

Como foi destacado, é muito importante que as instalações sejam mantidas em temperaturas próximas às de conforto. Para se verificar se o sistema está bem implantado, podem ser analisados dois parâmetros fisiológicos (Cunninghan, 2004) bem fáceis de serem verificados: as temperaturas retal (38,5 a 39,9º C) e de superfície e a frequência respiratória (FR) dos animais (20 a 34 movimentos por minuto), segundo DUKES (1996). 

Segundo trabalho realizado pelos autores ALHIDARY et al. (2012), com animais da raça Merino Australiano, os animais mantidos em ambiente de termoneutralidade apresentaram temperatura retal média (TR) de 39,08º C, enquanto que aqueles mantidos em ambiente com temperatura elevada apresentaram maior TR (39,3°C). A FR verificada no mesmo trabalho foi de 39,33 e 63,36 movimentos por minuto, para o ambiente termoneutro e para o com maior temperatura, respectivamente.

Impactos diretos que podem ser observados na falta de instalações adequadas é o aumento na incidência de doenças respiratórias e parasitárias, decorrentes incorreta circulação de ar e também equivocado recebimento de sol. A redução na fertilidade e também no ganho de peso dos animais pode sinalizar problemas de ambiência nas instalações. Em estudo com ovelhas, PEREIRA et al. (2008) verificou redução de 102,1% no ganho de peso dos animais (208,34 gramas/dia x 421,03 gramas/dia, respectivamente para animais sem e com sombreamento). A disponibilidade de sombra aos animais é fundamental e, baseado nas recomendações dos pesquisadores CAVALCANTE, WANDER & LEITE, 2005 e VAZ, 2007 para área coberta, sugere-se que a área de sombreamento disponível seja a apresentada na Figura 2.

Figura 2 - Área de sombreamento necessário para cada categoria ovina. (Cavalcante, Wander & Leite, 2005; Vaz, 2007). 

A qualidade da sombra oferecida e qual a sua origem também são aspectos que devem ser considerados (sombra natural ou artificial), bem como a categoria animal e o tamanho do lote. Em lotes onde existe grande número de interações entre os animais, o tamanho da sombra deve ser maio, para permitir que todos os animais tenham acesso à mesma. A Figura 3 mostra matrizes Santa Inês em sombra natural proporcionada por árvores.
Figura 3 - Matrizes Santa Inês em pastagem com sombreamento natural. (Fonte: arquivo pessoal). 

Inovações Tecnológicas

Várias são as inovações existentes visando à melhoria das condições de produção, porém, é importante ressaltar aquelas de fácil utilização e que podem ser incorporadas pelos produtores.

Para reduzir o impacto das condições climáticas sobre as respostas produtivas dos animais, além de considerar os aspectos anteriormente citados, devemos saber que existem tecnologias que permitem melhorar as instalações, na tentativa de adequá-las, dentro da realidade, às necessidades dos animais. O pesquisador BACCARI JÚNIOR (2001) afirma que, sob quaisquer condições, cabe ao homem fornecer aos animais um ambiente de bem-estar que seja, ao mesmo tempo, confortável e produtivo. Nesse sentido, em termos de manejo ambiental, recomenda-se a provisão de sombra, natural ou artificial, aliviando assim os animais do estresse provocado pelo calor, que é uma estratégia simples, mas muitas vezes esquecida.

De acordo com SEVEGNANI et al. (1994), as instalações devem ser construídas e planejadas com a finalidade principal de diminuir a ação direta do clima (insolação, temperatura, ventos, chuva, umidade do ar), pois ele pode agir negativamente nos animais. A utilização de materiais de construção com maior capacidade isolante, um exemplo a ser citado é o uso de telhas especiais revestidas de poliestireno expandido (Figura 4) que minimizam os efeitos do calor. A própria coloração das paredes, dos telhados e o tipo de cama, se bem escolhidos, proporcionam efeito eficiente na redução da quantidade de calor nas instalações. Também existem sistemas de arrefecimento, com equipamentos para aspersão e ventilação, que contribuem para melhorar a sensação térmica dos animais. Portanto, desde a orientação do galpão, a pintura, os materiais utilizados, o tipo de ventilação existente, a presença de vegetação no entorno, a categoria e o número de animais, entre outros fatores, irão influenciar no balanço térmico total da edificação.

Figura 4 – Telha de poliestireno expandido. (Fonte: arquivo pessoal)



Outra estratégia inovadora que contribui para melhoria das instalações é a cobertura do telhado com gramíneas, a exemplo do que já se faz em algumas edificações para humanos. O telhado é um dos elementos mais importantes das instalações para promover conforto térmico, pois segundo ABREU et al. (2011), a coloração e o material das telhas (Figura 5) influencia nas trocas térmicas enquanto que a forma (ondulada ou plana) não influencia na temperatura da mesma.

A substituição de materiais de construção comumente utilizados por outros, mais baratos e sustentáveis, podem permitir melhorias no desempenho térmico das instalações. Por exemplo, as telhas sem amianto reforçadas com polpa de celulose de sisal (Agave sisalana) e com adição opcional de fibras de polipropileno que foram testadas em experimento de TONOLI et al. (2011) permitiram concluir que estas telhas fornecem proteção mais eficiente contra a radiação térmica do que as telhas corrugadas de fibrocimento.

Figura 5 - Imagem termográfica de telhas de barro e de cimento-amianto. (Fonte: ABREU et al., 2011). 



De uma forma geral é importante esclarecer que ao se fornecer condições ideais de conforto aos animais, estamos contribuindo para o seu bem-estar físico, ou térmico. Porém, deve-se considerar que o bem-estar dos animais é muito mais abrangente do que o simples conforto térmico dos mesmos. Envolve os aspectos nutricionais, sanitários e ambientais inerentes ao sistema de produção em questão. Mas é fundamental que o primeiro passo seja realizado visando cada vez mais a produção de alimentos de forma ética e ecologicamente corretas.

Conclusões

É possível melhorar as condições ambientais para a produção de ovinos, de forma eficiente e pouco onerosa, sendo que o bom planejamento permite melhor alocação dos recursos.

É importante a utilização de recursos sejam eles regionais e naturais de baixo custo. Quando se fala de ambiência animal é importante agregarmos duas informações básicas: a necessidade de isolamento da radiação solar incidente e a ventilação do ambiente (seja natural ou artificial).

A adequação do ambiente produtivo, além de proporcionar lucros diretos com o maior desempenho animal, atua como estratégia de marketing, pois há crescente demanda por alimentos produzidos de forma ética e ecologicamente corretas.
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sábado, 25 de maio de 2013

Fazenda de gado não dá lucro, só prejuízo
Vidal Pedroso de Faria
Esta proposição é ouvida com frequência entre os habitantes das cidades, que são proprietários de glebas rurais e tentam estabelecer uma atividade produtiva qualquer, que pelo menos pague as despesas operacionais.
Se a conversa se arrasta por um período mais longo, detalhes das experiências frustrantes invariavelmente passam pela infeliz tentativa de tirar leite, ocasião em que o prejuízo foi maior e levou à tentação de vender a fazenda, que de lugar agradável passou a ser fonte de preocupação e desassossego.
Não é raro se deparar com donos de fazenda que fizeram tentativas com frangos, porcos, cavalos de raça, hortaliças, criação de rãs e muitas outras atividades, e todas as experiências terminaram em decepções e angústias.
Quando nada dá certo e a propriedade não é posta à venda porque faz parte de um sonho, garante lazer para os filhos e pode dar certo status perante a sociedade, se parte, então, para a criação extensiva de gado de corte, o que exige pouca mão de obra e uma quantidade menor de insumos.
Mas a aparente tranquilidade é perturbada pelo resultado econômico duvidoso, o que leva à lembrança os conselhos de conhecidos mais velhos e experientes que afirmaram, a partir de experiência própria, que fazenda de gado não dá lucro.
A criação de bovinos parece ser simples, bastando para tanto a posse de animais rústicos, que não exijam muitos cuidados e áreas de pastagem, o que cria condições para o estabelecimento de atividades típicas de subsistência para agricultores que possuem terra e tentam nela sobreviver. Neste caso, o interesse não é o lucro, mas, sim, uma atividade de baixo custo, que permita gerar alguma renda para a manutenção da família.
O modelo é utilizado pelos pequenos agricultores familiares e também nos assentamentos de reforma agrária, onde muitos que recebem terra não têm origem rural e procuram atividades mais fáceis, simples e que não exijam muito trabalho. As vacas dão cria, o rebanho pode aumentar, e a grande vantagem é a liquidez dos bovinos, o que os transforma em poupança para venda em situações de dificuldades financeiras.
A proposta de criação extensiva de gado, com ordenha das matrizes que eventualmente dão cria, garante, além de alimento, um “leitinho” para venda, o que possibilita uma renda mensal muito bem-vinda. O trabalho se resume em ordenhar alguns animais, cuidar dos ferimentos eventuais, das vacinações, e combater ectoparasitos, como berne e, se for o caso, carrapatos.
A limpeza manual dos pastos é um trabalho eventual árduo, principalmente em regiões montanhosas e, muitas vezes, sobra tempo e disposição para trabalhar como boia-fria em fazendas da região, o que aumenta a renda familiar e garante subsistência.
Tanto no caso do proprietário de terra, que tem atividade remunerada na cidade e a fazenda não é fonte de subsistência, como no do chamado agricultor familiar, a criação extensiva de bovinos é atrativa, mas não possibilita ganhos expressivos e qualquer tentativa de melhoria pode levar a prejuízos operacionais se a proposta não for tecnicamente viável.
Este fato normalmente ocorre quando existe tentativa de sofisticação com introdução de alguma atividade considerada moderna e evoluída, apresentada pela mídia como capaz de operar verdadeiro milagre na fazenda.
Por outro lado, a facilidade de se obter sugestões de amigos ou vizinhos na tentativa de solução rápida e barata para os problemas e a esperança de dias melhores são forças que dificultam ou impedem compreender as razões dos problemas existentes. Tocar uma fazenda na base da tentativa e erro não traz bons resultados, porque a incapacidade de geração de renda por desconhecimento dos fundamentos que devem nortear a atividade invariavelmente permanece depois das ações aleatórias.
Criação de bovinos com objetivos econômicos é atividade complexa porque envolve conhecimentos de reprodução, nutrição, sanidade e também bem-estar animal, além de exigir práticas de gerenciamento que permitam avaliar economicamente a atividade.
Exige também conhecimentos agronômicos para formar e explorar pastos perenes e nutritivos capazes de sustentar grande número de animais por unidade de área ou para a produção de volumosos de boa qualidade para sistemas de confinamento. Por tudo isso, não é possível obter bons resultados com amadorismo, adotando conceitos extrativistas, sem manipular com eficiência os fatores produtivos do sistema.
A maior complexidade da produção de leite pode ser atribuída ao fato de exigir, além de conhecimento técnico científico, dedicação e administração eficientes, fatos que explicam porque a atividade nem sempre é considerada como bom negócio quando tocada com amadorismo. A criação de bovinos precisa ser encarada como negócio, e nenhuma empresa pode prosperar na base do ‘eu acho, vou tentar e agir para ver o que acontece’, torcendo para que a criação de gado possa trazer satisfação e bons resultados econômicos.

Vidal Pedroso de Faria é professor da Esalq-Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz e membro do conselho editorial de Balde Branco.
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